Encontrei esse texto com o título Declaração de bens impresso na tampa de uma antiga caixa de sapato masculino. Não sei quem o escreveu, nem se a história é verdadeira, mas certamente poderia ser... O mais estranho é a forma de sua divulgação. As dolorosas palavras proferidas por um pai e sua amarga reflexão no momento em que faz sua declaração de renda, merecem uma maior divulgação e reflexão. Pode ser a história de qualquer um de nós.
O pai moderno, muitas vezes perplexo e angustiado, passa a vida inteira correndo como um louco em busca de um futuro e esquecendo-se do agora. Nessa luta, renuncia ao presente. Com prazer e orgulho, a cada ano, preenche sua declaração de bens para o imposto de renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito trabalho. Lotes, casas, apartamentos, sítios, casas de praia, automóvel do ano, tudo isso custou muitos dias, semanas, meses de luta. Se partir repente, já cumpriu sua missão e não vai deixar sua família desamparada.
Esse homem esquece que a verdadeira, declaração de bens, o valor efetivamente conta, está em outra página do formulário do imposto de renda: de naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê declaração de dependentes. São filhos que colocou no mundo, a quem se deve dedicar o melhor de seu tempo.
Os filhos só querem um pai para conviver, dialogar, brincar. Os anos passam, os filhos crescem, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma à construção do futuro, que não participou de suas pequenas alegrias; não teve tempo para assistir à coroação de sua filha como Rainha da Primavera. Um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas para desocupados.
Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues”, o pai de um lado; a mãe, para outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência.
Depois de uma dramática experiência pessoal vivida, a mensagem que tenho para dar é: “não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos”. Dos 18 anos de casado, passei 15 absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações e totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa: viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugada no estúdio de televisão... Uma vida sempre agitada, tormentosa e apaixonante na dedicação à profissão, que foi na verdade, mais importante do que a minha família.
Agora, estou aqui com o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda de José Carlos e Mariana.
De que vale tudo o que juntei, se esses filhos não estão mais aqui, para aproveitar isso com agente? Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio e desses bens todos , não restasse mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em minha vida, porque a escala de valores mudou e o dinheiro passou a ter peso mínimo e relativo em tudo.
Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura de meu filho amado que se drogou e morreu; não foi capaz de evitar a fuga de minha filhinha, que saiu de casa e se prostituiu; e dela não tenho mais notícias, para que serve? Para ser escravo dele?
Eu trocaria, explodindo de felicidade, todas as linhas de declaração de bem por duas únicas que tive der retirar da relação de dependentes: os nomes de José Carlos e de Mariana. E como doeu tirar essa linhas na declaração de 1986, ano base de 1985. José Carlos morreu aos 14 anos e Mariana fugiu um mês antes de completar 15
O pai moderno, muitas vezes perplexo e angustiado, passa a vida inteira correndo como um louco em busca de um futuro e esquecendo-se do agora. Nessa luta, renuncia ao presente. Com prazer e orgulho, a cada ano, preenche sua declaração de bens para o imposto de renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito trabalho. Lotes, casas, apartamentos, sítios, casas de praia, automóvel do ano, tudo isso custou muitos dias, semanas, meses de luta. Se partir repente, já cumpriu sua missão e não vai deixar sua família desamparada.
Esse homem esquece que a verdadeira, declaração de bens, o valor efetivamente conta, está em outra página do formulário do imposto de renda: de naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê declaração de dependentes. São filhos que colocou no mundo, a quem se deve dedicar o melhor de seu tempo.
Os filhos só querem um pai para conviver, dialogar, brincar. Os anos passam, os filhos crescem, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma à construção do futuro, que não participou de suas pequenas alegrias; não teve tempo para assistir à coroação de sua filha como Rainha da Primavera. Um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas para desocupados.
Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues”, o pai de um lado; a mãe, para outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência.
Depois de uma dramática experiência pessoal vivida, a mensagem que tenho para dar é: “não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos”. Dos 18 anos de casado, passei 15 absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações e totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa: viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugada no estúdio de televisão... Uma vida sempre agitada, tormentosa e apaixonante na dedicação à profissão, que foi na verdade, mais importante do que a minha família.
Agora, estou aqui com o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda de José Carlos e Mariana.
De que vale tudo o que juntei, se esses filhos não estão mais aqui, para aproveitar isso com agente? Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio e desses bens todos , não restasse mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em minha vida, porque a escala de valores mudou e o dinheiro passou a ter peso mínimo e relativo em tudo.
Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura de meu filho amado que se drogou e morreu; não foi capaz de evitar a fuga de minha filhinha, que saiu de casa e se prostituiu; e dela não tenho mais notícias, para que serve? Para ser escravo dele?
Eu trocaria, explodindo de felicidade, todas as linhas de declaração de bem por duas únicas que tive der retirar da relação de dependentes: os nomes de José Carlos e de Mariana. E como doeu tirar essa linhas na declaração de 1986, ano base de 1985. José Carlos morreu aos 14 anos e Mariana fugiu um mês antes de completar 15
VERDADE.. EU NESTE MOMENTO CHORO POR ME TOCAR ,MEU MARIDO LEVA O TEMPO ESTRESSADOS, INGNORANTE,GRITA, XIGA,FALA PALAVRÕES,BATE OS NOSSOS FILHOS, Ñ TEM UM TEMPO PARA A FAMILIA,MEUS FILHOS TEM 10 E 05 ANOS.OS FILHOS Ñ OS RESPEITA E SIM TEM MEDO... MUITO MEDO ,ATE DE FALAR COM ELE , .ELE GRITA FALA NÑÑÑ... GANHA MUITO, MAIS Ñ TEM TEMPO PRA FAMILA,MEUS FILHOS SÃO ORFÃO DE PAIIIII VIVO,NADA DE CARINHO,NADA DE RESPEITOS PELOS FILHOS.. FALO PELO FILHOS QUE SÃO INOCENTES E PRECISAM DE UM APOIO MAIOR QUE SÃO OS PAIS..QUE DEVEM SER SUA FORTALEZA.. OS PAIS....
ResponderExcluirE verdadeira do Rafarillo... dono da fábrica de calçados
ResponderExcluirÉ a história verdadeira do dono da Rafarillo
ResponderExcluir