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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Direito de Família na novelas



Direito de Família é tema central na novela Insensato Coração
16/05/2011 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM
A novela Insensato Coração, exibida pela Rede Globo, apresenta em sua trama assuntos diretamente relacionados com o Direito de Família. Questões como reconhecimento de paternidade, relações extraconjugais e homofobia fazem parte dos dramas vividos pelos personagens a cada capítulo, trazendo para o cotidiano temas que na maioria das vezes são debatidos apenas nos tribunais.
Para os diretores da novela Gilberto Braga e Ricardo Linhares, o principal objetivo das novelas é o entretenimento. "A novela é uma obra de ficção, que existe para entreter. Sem perder de vista este objetivo, ou melhor, exatamente por conta deste objetivo, ela pode se inspirar na realidade. Não há fórmula infalível, mas se ela aborda assuntos que mexem com as pessoas na vida real, poderá ser ainda mais interessante e emocionante", afirmam.

Embora afirmem que não gostam de levantar bandeiras, os autores admitem que a novela pode contribuir para o avanço de algumas questões discutidas na sociedade, como por exemplo, as relações homoafetivas. "A novela pode contribuir colocando estes temas em evidência, trazendo para a ficção o que muitas vezes observamos na realidade. Isso pode gerar discussões interessantes. Temos a preocupação de escrever com responsabilidade, claro. Os temas são trazidos para a trama para contribuir com as histórias. Os assuntos não são apresentados de forma gratuita", dizem.
Gilberto Braga e Ricardo Linhares dizem também que na novela o foco é sempre a trama, a história, e que a diversidade dos assuntos tratados possibilitam a criação de personagens complexos, que tocam e instigam o público. "Quando o público assiste na novela a relações opostas como as que envolvem Teodoro (Tarcísio Meira) e Gisela (Ângela Vieira), por exemplo, é possível provocar uma reflexão sobre as suas próprias relações, paixões, medos e limites", afirmam.
Para a psicanalista e diretora do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Giselle Groeninga, a novela exerce um papel educativo. Segundo ela, é o papel dos mitos no imaginário social. "É um espaço privilegiado para a discussão desses temas e como é da ordem da ficção não ameaça tanto e permite que as pessoas reflitam", afirma.

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