BUENOS AIRES - A Argentina se transformou nesta terça-feira no
primeiro país do mundo a registrar um bebê com dois pais, pelo menos em nível
federal. Tobias nasceu há três semanas, na Índia, e nesta terça-feira obteve seu
documento nacional de identidade num cartório portenho, como filho de Alejandro
Grinblat e Carlos Dermgerd. Segundo ONGs locais, nenhum outro país reconheceu a
co-paternidade de um bebê como neste caso.
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Faz tempo que a Argentina está avançando neste caminho, no reconhecimento de
direitos igualitários para todos e todas - disseram os pais de Tobias.
Eles
contaram com total respaldo do governo da cidade de Buenos Aires e do Ministério
das Relações Exteriores, que ajudou a tramitar todos os documentos necessários
na Índia.
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Nossa única luta era por formar nossa família. É outro passo no reconhecimento
dos direitos igualitários. Este é um caminho que começou há anos e um marco foi
o casamento igualitário - disse Grinblat ao sair do cartório, enquanto exibia,
ao lado do companheiro, o documento que atribuía o registro do filho aos
dois.
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Cada uma destas ações marca um caminho, o caminho da diversidade na Argentina -
disse César Cigliutti, presidente da Comunidade Homosexual Argentina
(CHA).
Pioneiro
na América Latina
Em
outros países onde a co-paternidade já aconteceu, como no Reino Unido - caso de
Elton John e David Furnish - ou Estados Unidos, o registro foi feito em nível
estatal. O cantor britânico, por exemplo, viajou com seu parceito para a
Califórnia, em 2010, para realizar todos os trâmites legais conseguir uma
barriga de aluguel. O estado é um dos poucos únicos nos EUA que na certidão de
nascimento os dois homens podem ser registrados como pais. Na Austrália, em New
South Wales, em junho do ano passado, dois homens também haviam sido registrados
como pais.
Em
2010, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar o
casamento gay em nível nacional e o décimo do mundo, depois de Holanda, Bélgica,
Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia. Desde 21
de julho de 2010, quando a presidente Cristina Kirchner promulgou a norma
aprovada seis dias antes pelo Congresso, já foram oficializados 5.839 casamentos
em todo o país, destacou a Organização de Lésbicas, Gays, Bi e Transexuais
(LGBT).
do site Yahoo notícias
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