Na verdade, ela não é a “minha cidade” natural. Sou sua filha socioafetiva, sua filha de coração. Porém esses trinta e cinco anos de posse contínua, pacífica e com “animus domini” a transformaram em minha. Por isso, quero defendê-la. Avoco para mim esse direito. Defendê-la contra a tristeza, contra a sujeira, contra os desmandos, contra a ilegalidade. Reivindico, em seu nome, o direito à beleza, à limpeza, à liberdade. Clamo pelo direito de sua população em poder circular entre os canteiros, pelas praças, parques e calçadas. Requeiro o exercício e a dignidade da cidadania dos seus filhos e de seus visitantes. Peço o retorno do verde, das cores, da tradição, da bela arquitetura e do paisagismo natural. Quero poder visualizar as árvores, as flores, os morros e o céu, até mesmo as construções, sem a interferência de lonas, fios, publicidades, objetos de gosto duvidoso, lixo, ruídos e cheiros desagradáveis. Claro que desejo a preservação do direito ao trabalho, mas que esse direito conviva de forma harmônica com o direito fundamental de se poder usufruir livremente a condição de cidadão, com possibilidade de viver e conviver nesse espaço urbano que aprendemos a amar e do qual gostaríamos de novamente sentir orgulho. Que venha a reestruturação da Avenida Rio Branco, mas que ela não seja motivo para a degradação de outros locais da cidade. Nesses termos, peço o urgente deferimento de minha reivindicação às autoridades santamarienses.
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sexta-feira, 11 de junho de 2010
“Habeas corpus” em favor de minha cidade"
Na verdade, ela não é a “minha cidade” natural. Sou sua filha socioafetiva, sua filha de coração. Porém esses trinta e cinco anos de posse contínua, pacífica e com “animus domini” a transformaram em minha. Por isso, quero defendê-la. Avoco para mim esse direito. Defendê-la contra a tristeza, contra a sujeira, contra os desmandos, contra a ilegalidade. Reivindico, em seu nome, o direito à beleza, à limpeza, à liberdade. Clamo pelo direito de sua população em poder circular entre os canteiros, pelas praças, parques e calçadas. Requeiro o exercício e a dignidade da cidadania dos seus filhos e de seus visitantes. Peço o retorno do verde, das cores, da tradição, da bela arquitetura e do paisagismo natural. Quero poder visualizar as árvores, as flores, os morros e o céu, até mesmo as construções, sem a interferência de lonas, fios, publicidades, objetos de gosto duvidoso, lixo, ruídos e cheiros desagradáveis. Claro que desejo a preservação do direito ao trabalho, mas que esse direito conviva de forma harmônica com o direito fundamental de se poder usufruir livremente a condição de cidadão, com possibilidade de viver e conviver nesse espaço urbano que aprendemos a amar e do qual gostaríamos de novamente sentir orgulho. Que venha a reestruturação da Avenida Rio Branco, mas que ela não seja motivo para a degradação de outros locais da cidade. Nesses termos, peço o urgente deferimento de minha reivindicação às autoridades santamarienses.
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Este texto foi republicado no jornal Diário de Santa Maria do dia 22 de junho. Os camelôs têm até o dia 25 para sairem da avenida. Vamos aguardar...
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