Quando estamos nesta época de preparativos para o natal, ano novo, formaturas, viagens , férias, enfim, mudança total de rotina, tudo parece acelerado: as pessoas estão mais ansiosas, o movimento do trânsito, das lojas, da cidade, o número de compromissos e eventos sociais, tudo caracteriza esse período de término de ano. Os órgãos de comunicação, em especial a televisão, consegue ainda mais influenciar em nosso comportamento destacando esse movimento nos noticiários, nos assuntos dos programas de variedades, nas telenovelas, na seleção dos filmes e, de forma muito marcante, na publicidade. É tempo de consumo, de reflexão, de encontros, de religiosidade e deveria ser de muita alegria. Infelizmente nem sem sempre é o que acontece. Com a mesma intensidade de alteração da rotina, as tragédias familiares também se intensificam..Nesse último final de semana houve um recorde de números de vítimas fatais no trânsito de nosso Estado. São mais de duas dezenas de famílias que estarão chorando seus mortos no momento das festas e do foguetório e quem sabe quantas mais vivendo a angústia da incerteza sobre o futuro naqueles casos em que as vítimas ainda lutam pela vida e restabelecimento de sua saúde? É assustador conhecer os dados estatísticos sobre os acidentes automobilísticos, especialmente quando nos damos conta de que isso pode acontecer conosco e com nossa família a qualquer instante. São várias as campanhas que já tentaram sensibilizar a população. Praticamente todos os recursos já foram usados, desde a apelação através de uma agressão visual, da descrição de casos concretos individualizados, a divulgação dos estarrecedores dados estatísticos, os depoimentos emocionados, o endurecimento da legislação e o fortalecimento da fiscalização. Parece que nada dá resultado. De repente alguém recebe um telefonema de madrugada com a polícia rodoviária no outro lado da linha. Quem não tem medo de viver esse instante? É o pesadelo de todos os pais, cônjuges e de qualquer pessoa que mantenha um vínculo afetivo com outra. Precisamos nos unir para mudar isso: governo e sociedade em geral. Algo precisa acontecer que realmente produza efeitos. Os números devem diminuir... e de forma urgente... Não adianta falarmos e desejamos paz e prosperidade neste período de festas apenas através das palavras. Nossos desejos devem ser acompanhados de ações concretas, de conscientização em defesa da vida. Isso demanda na mudança de comportamento de todos nós, pedestres e/ou motoristas. Que no próximo ano as famílias possam ouvir e ver os fogos de artifício com lágrimas nos olhos de emoção e não mais de tristeza e saudade.
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