O texto "O cuidado na família"(11/11/2009) foi publicado no jornal do Centro Universtário Franciscano do mês de dezembro. Em virtude disso, algumas pessoas comentaram comigo o quanto estão se tornando rotineiros os casos de negligência dos pais e responsáveis com seus filhos. Nos últimos dias a imprensa divulgou o inacreditável caso do padrastro que introduziu dezenas de agulhas em uma criança de dois anos, o caso da criança de seis meses que caiu do colo do pai da altura de seis andares de um prédio, o menino de sete anos que morreu atropelado quando brincava na calçada, isso somente nas notícias do dia de hoje. Não quero julgar a conduta de ninguém, mas acho que a questão do cuidado e proteção às frágeis crianças deve ser enfatizado e lembrado a todo o instante. Liz Luft na sua crônica "Quando morre uma criança", publicada na revista Veja (09/09/2009) tem uma passagem que traduz exatamente o meu pensamento:
Por toda a parte, famílias em crise. Pais omissos ou ocupados demais não sabem o que fazem com filhas de 10 anos em festinhas, sem o cuidado de adultos; pré-adolescentes transam, curtem bebida, maconha ou drogas pesadas, depois que o primeiro cigarrinho abriu as portas. Numa grande festa, jovenzinhos bêbados ou drogados vomitam ou dorme nos banheiros de um clube elegante. Adultos passam cuidando para não sujar os sapatos. Só acontece algo quando uma dessas crianças passa mal e é preciso chamar a ambulância. Onde estão os pais? Vão me achar rigorosa demais, mas eu insisto: onde estão os pais? Sabem onde andam os filhos, com que convivem nas longas horas fora de casa, têm consciência de quanto são responsáveis? Este é um dos dramas da maternidade da paternidade: teve filho e é responsável. Quem ama cuida. e que seja com alegria, ou não vale. Não funciona. É de mentira...
É como diz a música cantada por Caetano:
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
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