Dia 7 de abril de 2011, dia marcado pelo terror que dificilmente esqueceremos. O Rio está de luto. O Brasil está de luto. O mundo está de luto. É impossível dimensionar o terror que as crianças e os professores passaram nos momentos em que se consumia o maior massacre de crianças inocentes já ocorrido no nosso país. Como imaginar que um fato, tantas vezes já ocorrido longe de nós, de repente é imitado tendo como vítimas humildes brasileirinhos? O que levou um jovem a sofrer tal perturbação mental e isso nunca ter sido observado pelos seus familiares? O fato foi cuidadosamente planejado, e somente não teve consequências ainda mais terríveis pelos corajosos atos dos alunos que fugiram e pela ação do policial militar. Como consolar as famílias? Como ajudar as crianças, professores e funcionários que viveram um trauma tão significativo? Aquele local deve ser fechado, talvez destruído, para ajudar o tempo na tarefa do esquecimento ou pelo menos de minoração do trauma pelo acontecido. As lágrimas das crianças se misturam com as lágrimas dos familiares, das autoridades, dos policiais militares, dos profissionais da saúde, dos populares. Hoje o Brasil chorou...
Me parece que o lugar nao tem que ser destruído...Destruí-lo seria continuar na negaçao de um fato importante: o Saúde Mental é negligenciada em nossa cultura...discutir segurança é importante, mas esse caso como tantos outros (o uso de drogas por exemplo), nao pode ser tratado como um caso de Segurança Pública...mas sim, como um caso de Saúde Pública.As lágrimas hipócritas das autoridades públicas, nao podem encobrir a necessidade do Brasil nao se voltar para esta discussão. Esta trgédia acontece diariamente em diversas famílias que sofrem com adoecimentos mentais de seus familiares, em detrimento daquilo que o Direito levanta como ideologia de trabalho: Dignidade da Pessoa Humana. O que afinal é isso?
ResponderExcluirGraziela Miolo Cezne