Uma espanhola deixou uma fortuna de 9 milhões de euros (cerca de 22 milhões de Reais) para associações protetoras de animais, em especial para as responsáveis pela sobrevivência dos linces ibéricos, a espécie de felinos mais ameaçada de extinção em todo o mundo.Um terço de sua herança, ou 3 milhões de euros, será consagrada à preservação específica desses animais, confirmaram nesta terça-feira (23/02) autoridades da região da Andaluzia, onde foi iniciado um programa de reprodução em cativeiro desta espécie no Parque Nacional de Doñana. Segundo o jornal “El País”, a benfeitora, que não teve o nome divulgado, morreu em outubro de 2008 nas Ilhas Canárias. Os especialistas consideram que existem cerca de 200 linces ibéricos em liberdade entre o sul da Espanha e de Portugal. No início do século XX, eles eram mais de cem mil. A urbanização, a caça e acima de tudo uma doença transmitida por coelhos selvagens, principal presa do animal, foram os principais fatores pela dramática queda dessa população. O animal pode medir até um metro de largura e pesar 15 quilos. Não é a primeira vez que um testamento causa polêmica na Espanha. Um milionário espanhol falecido no último mês de novembro considerou mais adequado deixar sua fortuna, de várias dezenas de milhões de euros, ao príncipe Filipe, herdeiro do trono da Espanha e aos oito netos do Rei Juan Carlos. (publicado G1-globo.com, em 23/02/2010)
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