A min. Carmen Lucia Antunes Rocha (STF) abordou a questão do Direito de Família constitucional, no VII Congresso Nacional de Direito de Família. Lembrando que a dignidade humana é o principal valor constitucional, a ministra reforçou que o ser humano falado pela CF é de carne e osso, e não seres abstratos. Citando Bobbio, referiu que os direitos conquistados nas décadas anteriores devem ser concretizados, pois a efetividade dos direitos constitucionais é a grande tônica do século XXI. O texto de 1988 deve ser interpretado de acordo com as mudanças sociais, “ou o direito anda com a sociedade ou a sociedade anda sem o direito”, pois a mudança social não depende de lei. O direito do “cuidado” passou a integrar o patrimônio jurídico. Sem solidariedade se mantém o preconceito e a intolerância, e a manifestação da intolerância é um problema do Direito. Problemas familiares existem em todos os tipos de família, mas hoje qualquer tipo de família pode ser construído com dignificação. A justiça material se faz a partir da nossa casa. O trabalho pode levar ao sucesso, mas o que leva à felicidade é o afeto. Assim, as revoluções ou evoluções dos direitos fundamentais devem ultrapassar a soleira de casa de cada um, e ganhar as ruas e a sociedade.Os direitos fundamentais existem para serem aplicados, isso é uma responsabilidade de cada um de nós, pois, como disse Drummont “os lírios não nascem das leis”
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