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sábado, 21 de novembro de 2009

Filiação socioafetiva entre macacos


Uma história divertida agitou o zoológico de Salvador. Um caso de traição fez os funcionários se mobilizarem para salvar a vida de um conquistador, no caso, um macaquinho. Amor, traição, vingança. Nos papéis principais dessa novela do mundo animal estão o jovem, forte e sedutor Carlos Alberto; a bela primeira dama do cercado, Kika; e o experiente e traído líder do grupo, Rato. Tudo começou quando Carlos Alberto colocou os olhos e as patas em Kika. Não bastasse a ousadia de cobiçar a mulher do chefe, o macaco, se achando, decidiu também tomar o poder. Só que a rebelião foi sufocada; a traição, descoberta; e Carlos Alberto, condenado. Kika ainda apareceu grávida do agora inimigo número um. “Eu vi a hora que Kika estava copulando com Carlos Alberto. Rato estava cochilando”, testemunhou Arivaldo Jesus, funcionário do zoológico. O chefe vacilou, mas, diante da evidência, Carlos Alberto recebeu a pena máxima dos macacos: a morte. Com a vida em risco, Carlos Alberto foi transferido de ambiente. Desde então, vive no exílio, olhando de longe a amada. Kika, felizmente, foi perdoada por Rato, que, num ato de nobreza, ainda assumiu o bebê, batizado carinhosamente de Carlinhos Júnior. “Foi um ato de bastante nobreza e desprendimento a aceitação desse filhote. E faz-me lembrar aquele ditado que na verdade o pai é o que cria”, falou o veterinário Vinicius Dantas. Mas que ninguém se engane. Esperto e traído uma vez, Rato agora não tira mais os olhos nem as patas de Kika.
http://g1.globo.com/jornalhoje/%20acesso em 22/11/2009

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