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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Adoção de crianças no Haiti- controvérsias







Apesar da grande procura por crianças que ficaram órfãs após o terremoto da semana passada no Haiti– até mesmo no Brasil a embaixada do país teria recebido mais de 300 contatos de pessoas interessadas em uma delas – o Fun­­do das Nações Unidas para a In­­fância (Unicef) afirmou ontem que a adoção por famílias do exterior deve ser “o último recurso”.Em Porto Príncipe, o Unicef es­­tá tentando identificar e registrar crianças que vagam desacompanhadas pelas ruas caóticas, após a morte ou desaparecimento dos pais.Os Estados Unidos delinearam procedimentos especiais para parte dos órfãos haitianos, como a permissão para entrada temporária de crianças órfãs do Haiti para que recebam tratamento, anunciada pela secre­­tária de Se­­gurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, na se­­gun­­da-feira. Órfãos que tenham ligação com os Estados Unidos – como familiares que já morem no país – estão dentre os que podem receber permissão especial para continuar em território norte-ame­­ricano. A igreja católica de Miami tam­­bém elabora uma proposta pela qual seria permitida a entrada permanente de milhares de ór­­fãos em território norte-americano. Medida semelhante lançada em 1960, conhecida como Ope­­ração Pedro Pan, levou cerca de 14 mil crianças desacompanhadas de Cuba para os EUA. O Canadá também anunciou que aceleraria o processo de inscritos para imigração provenientes do Haiti que têm parentes ca­­nadenses. Haitianos temporariamente no Canadá terão permissão para estender a estada e casos de adoção pendentes terão prioridade. Grupos de defesa internacionais tentam ajudar, ou apressando processo de adoção já em an­­damento, ou enviando pessoal que pode potencialmente evacuar milhares de órfãos para os Es­­tados Unidos e outros países.Na segunda-feira, o governo holandês enviou um avião cheio de funcionários de imigração pa­­ra o Haiti. Eles vão tentar localizar e retirar do território haitiano 100 crianças que já estão sendo adotadas por holandeses.

Tráfico- A porta-voz do Unicef, Véronique Taveau, explicou em entrevista coletiva que a agência teme o tráfico de crianças. “A posição do Uni­­cef sempre foi a de que, qualquer que seja a situação humanitária, a reunificação familiar deve ser favorecida”, disse. Se os pais morreram ou estão desaparecidos, devem ser feitos esforços para reunir a crian­­ça ao restante de sua família, incluindo avós, afirmou ela. Uma criança deve “per­­mane­­cer, na medida do possível, no seu país de nascimento”. “O último recurso é a adoção interpaíses”, afirmou Tavea
Orfanatos-Antes do terremoto, 48 por cento da população do Haiti tinha menos de 18 anos, de acordo com a agência. E o país já tinha uma grande quantidade de órfãos: 380 mil crianças vivendo em orfanatos ou ou­­tro tipo de abrigo.
(fonte//www.gazetadopovo.com.br- publicado 20/01/2009)

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