Foi grande choque a trágica morte da médica Zilda Arns para quem conhecia, pelo menos um pouco, a sua trajetória na defesa das crianças e, mais recentemente, em prol dos idosos. Claro que toda a tragédia do Haiti nos comove, porém, quando se particulariza a história de vida de uma das vítimas e, especialmente, uma maravilhosa história como o da pediatra sanitarista, a violência da tragédia nos atinge ainda mais. A simplicidade de suas ações e a atividade do movimento que liderava com certeza é responsável por grande parte da queda da mortalidade infantil no nosso país, nos últimos anos. Certamente agora os meios de comunicação destacarão ainda mais os seus feitos, o povo brasileiro vai conhecê-la de forma mais minuciosa e será objeto de muitas homenagens.. É uma pena que esse reconhecimento somente seja feito agora. Sempre a achei uma linda mulher. Seu sorriso constante e a serenidade que dela emanava são qualidades raras e lhe davam uma beleza ímpar. Lembro de ter identificado a mesma expressão em outras pessoas muito especiais, como Chico Xavier, João Paulo II, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá e D.Hélder Câmara. São pessoas com um carisma inexplicável, que marcaram a vida de todos que os conheceram, pois são exemplos de humanitarismo e dedicação ao próximo. Imagino a recepção que a Drª Zilda deve ter tido em outra dimensão. Sua chegada deve ter sido antecedida por um aroma intenso, pois, como afirmava D. Hélder, o amor é o perfume das almas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário