Este 26 de setembro é o "Dia Mundial de Prevenção da Gravidez na Adolescência", com a finalidade de conscientizar os jovens da importância do planejamento e da gravidez responsável. O Ministério da Saúde divulgou dados oficiais positivos sobre essa questão , mostrando que nos últimos 10 anos o número de partos em adolescentes, de 10 a 19 anos, diminuiu em 30,6%, no Brasil, e no RS a redução foi de 36,97%. Ainda assim são, aproximadamente, 20% dos partos realizados. Por outro lado, estudos acadêmicos levantam a questão de que nem sempre a gravidez em jovens adolescentes é indesejada. Muitas vezes as mães menininhas já integram uma nova família, pelo casamento, ou mesmo pela união estável. Sabemos, porém, que não é o caso da maioria. O número de filhos sem paternidade reconhecida gira em torno de 1/3 dos registros de nascimento e o Pnad-2008 demonstrou que quatro famílias brasileiras em cada mil são chefiadas por adolescentes. Normalmente, famílias desse tipo são fruto de algum problema social que já impõe uma carga de dificuldades extras, como gravidez precoce ou perda dos pais. Estas são algumas das conseqüências dessa falta de prevenção, somado a outros efeitos mais nefastos, como abandono de crianças, abortos clandestinos, risco na saúde da jovem gestante e da própria criança. O Ministério da Saúde aponta como motivo da queda na quantidade das adolescentes grávidas, o maior acesso às informações e orientação à saúde sexual. O governo vai distribuir Cadernetas de Saúde do Adolescente impressa em duas versões – para homens e para mulheres. Elas serão utilizadas no acompanhamento da saúde de jovens entre 10 e 16 anos. São 50 páginas com informações sobre saúde sexual e reprodutiva, sobre alimentação, puberdade, drogas e os cuidados necessários nessa faixa etária. Porém ainda temos muito caminho pela frente na busca da proteção necessária não só à mãe menininha, mas também ao jovem pai e, especialmente, ao inocente fruto da relação sexual prematura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário